Review: Mockingjay

4 out

Minha nota: ***** (5/5)

Depois de muita antecipação, finalmente li Mockingjay, que foi lançado em Agosto deste ano. Para quem não sabe, o livro é o terceiro da série Hunger Games da autora Suzanne Collins.

Claro que não dá pra falar de Mockingjay isoladamente, sendo ele a conclusão desta brilhante trilogia, então vamos voltar ao princípio. Hunger Games, o primeiro livro da série, fala de uma sociedade no futuro onde 12 Distritos são governados por uma ditadura instaurada na capital, chamada somente de Capitol. Como punição por uma rebelião ocorrida muitos anos antes, o Capitol faz todos os anos os Hunger Games, uma espécie de Coliseu onde 1 menino e 1 menina de cada distrito lutam até a morte. O vencedor tem glória e fama garantidas, além de ganhar alimentos e suprimentos valiosos para o seu distrito. Em Hunger Games, a heroína Katniss Everdeen precisa participar dos cruéis jogos no lugar da irmã mais nova.

Para começar, a história já é original. Adoro coisas meio apocalípticas e fiquei muito interessada quando li a sinopse. Mas nada podia me preparar para o que eu li. Hunger Games, Cathing Fire e Mockingjay, apesar de serem livros YA, nada tem de infantis ou imaturos. A violência é muito real, a dor dos personagens é tão grande que transfere em toda a sua força para o leitor, que mesmo assim não consegue fechar o livro até terminar.

O charme inusitado de ter que preparar os “tributos” (como são chamados os escolhidos para os Hunger Games) para aparecer na TV aliado a crueldade dessa realidade, deixam a série deliciosa. Eles são maquiados, estilizados, bem cuidados, ganham bastante atenção, aumentam a audiência, para depois serem jogados em um arena brutal onde suas mortes são transmitidas ao vivo.

A ditadura de Hunger Games é forte, presente e muito real. O Presidente Snow, que é o líder do Capitol, é um personagem maravilhoso, frio e que você odeia desde a primeira vez que o seu nome aparece. Claro que o maior trunfo de HUnger Games no entanto, está em Katniss, a protagonista. Embora seja corajosa, como muitas outras são, Katniss é real, seus medos são compreensíveis, seus egoísmos são humanos e suas dúvidas entre dois meninos que entram de formas muito diferentes na sua depressiva vida são faceis de se simpatizar.

Além de Katniss enfrentar as provações da sua vida, ela se torna símbolo de uma rebelião que ela nunca esperava se envolver. Sem querer ela acaba se tornando algo que desafia o poder e o controle da ditadura e a partir daí, o charme do livro se torna ainda mais violento.

Agora, voltando a Mockingjay. O livro é sim, tudo que eu esperava. Não vou detalhar muito porque não quero estragar a experiência para quem ainda não leu, mas o aperto que dá no coração quando ele acaba é característico de grandes séries, que ao fechar a última página já te dá uma saudade, uma vontade de continuar, de saber o que mais aconteceu com aqueles personagens que se tornaram parte da sua vida. Mockingjay é um livro triste, mas verdadeiro e mesmo que várias partes dão vontade de chorar ou de se rebelar, ele continua conquistando pela força das emoções. A luta interna da personagem para se encontrar depois de presenciar tanto sofrimento é chata no começo, mas depois fica compreensiva e cada vez mais próxima do leitor. Essa luta de Katniss contra Katniss é mais importante talvez do que a troca de tiros que acontece entre os rebeldes e o Capitol.

Vou parar por aqui, antes que revele algo importante, mas posso dizer com segurança que Hunger Games está no número 1 da minha lista, especialmente depois da conclusão brilhante de Mockingjay. Se você gosta de ficção, não pode perder esse livro.

“Fire is catching!” I am shouting now, determined that he will not

miss a word. “And if we burn, you burn with us!”

Suzanne Collins, Mockingjay

Uma resposta to “Review: Mockingjay”

  1. Monique Melo junho 6, 2011 às 5:36 pm #

    Oi Luiza! Terminei de ler ontem Em Chamas e achei tão perfeito quanto Jogos Vorazes. Confesso que me arrependi um pouco de ler os dois tão rápido porque agora vou sofrer a espera do terceiro. Adorei sua resenha que me deixou curiosa e ansiosa. Aliás, elevou a décima potência o que eu já estava sentindo. Queria que meu inglês fosse bom o suficiente para ler, mas vou esperar a Rocco ter pena de nós e lançar aqui no Brasil. Beijos!

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