Minha nota: **** (4/5)
Assim como eu estava ansiosa pra ler Mockingjay, eu estava seca pra ler Clockwork Angel. A antecipação foi muita, fugi de spoilers como o diabo foge da cruz (a Cassandra Clare até zoou meus comentários no Twitter) e consegui escapar ilesa.
As minhas expectativas eram altas. Porque? Bom, vamos lá.
Eu amei Mortal Instruments, a primeira série da Cassandra Clare. Amei o mundo que ela criou, amei os personagens (Isabelle e Magnus…) amei o quanto era honesto, engraçado e ao mesmo tempo deliciosamente fantasioso. É uma das minhas séries preferidas, beeem lá no alto. Clockwork Angel é passado no mesmo mundo de Mortal Instruments, ou seja, em um lugar onde existem Shadowhunters, os caçadores de demônios descedentes de anjos. Mas eu achei que ele seria imediatmente melhor porque é passado em uma Londres Vitoriana, o que é charmoso sem precisar de mais nada.
Não é melhor. Eu diria que são quase iguais, mas gosto mais de City of Bones, o primeiro livro de Mortal Instruments. Mesmo assim, Clockwork Angel é sensacional. Os personagens irônicos e espertos continuam lá, a beleza misteriosa dos Shadowhunters, a personagem principal confusa, mas corajosa e as brigas super interessantes entre Downworlders e Shadowhunters, daquele jeito que não dá pra saber quem é do bem ou do mal.
Uma coisa que me desagradou em Clockwork Angel é o quanto o Will é parecido com o Jace (SPOILERS A PARTIR DAQUI). Tudo bem, eles tem o mesmo sobrenome e muito provavelmente são parentes, mas ainda assim, é como ver o mesmo personagem de novo. Mas uma coisa que é melhor nesse do que em Mortal Instruments é o triângulo amoroso. Will e Jem tem uma amizade maravilhosa, são o oposto um do outro e cada um é atraente a sua maneira e tem ingredientes pra todos os gostos. Se eu fosse a Tessa eu também ficaria em dúvida e acho que esse é finalmente o objetivo da Clare.
A história da Tessa ser uma Downworlder é muito, muito bacana. Eu ainda gosto mais da Clary, mas fica difícil comparar as duas séries tendo lido um livro só da segunda né? Eu estou com esperanças muito altas pra Clockwork Prince e Clockwork Princess, especialmente porque eu acho que vai acontecer muita reviravolta ainda. Eu estou realmente ansiosa pra ler o resto, porque, como sempre, o livro terminou daquele jeito que dá vontade de se matar por não ter o próximo.
Ah, e a melhor coisa do livro? Ter o Magnus de novo. Meu Deus como eu amo o Magnus.
“One must always be careful of books,” said Tessa,
“and what is inside them, for words have the power to change us.”
Cassandra Clare – Clockwork Angel